quinta-feira, 25 de junho de 2015

Melhoramento Genético 

     
   Visto que não existe uma raça ideal, e sim tipos de animais mais adaptados para cada sistema de produção e regiões, o melhoramento genético se torna uma importante ferramenta no sistema de produção.  Para tanto, é importante explorar as diferenças genéticas entre indivíduos de uma mesma raça, com o intuito de obter animais de alta produção. Ou ainda, juntar características desejáveis de diferentes raças para a sua adaptação em diferentes regiões.
         No Brasil o melhoramento genético busca aumentar a produção de carne e leite, e para tanto busca adaptar os animais às condições ambientais daqui. Com o cuzamento de raças rústicas com raças especializadas em produção de carne ou leite, além do fator climático busca-se o desenvolvimento de resistência do rebanho à doenças. Em resumo é um processo de seleção induzida, onde acasala-se os melhores indivíduos de uma determinada raça (ou de duas raças) para aumentar a frequência dos genes desejáveis, e como decorrência, eliminar as indesejáveis.
     Os critérios de seleção dos melhores indivíduos para o cruzamento pode ser feito através dos caracteres fenotípicos ou através da seleção genotípica. A seleção genotípica é feita através do controle genealógico do rebanho. Os dados de produção dos filhos, de um certo reprodutor ou reprodutora, são comparados aos dos pais. Quando essa diferença é para a melhor, diz-se que o animal é melhorador e portanto a ampliação do seu uso no rebanho vai otimizar os resultados.
Vejamos alguns exemplos de raças exóticas com grande potencial produtivo.

Produção de carne:
Boer 
A raça tem esse nome por ser a palavra alemã que representa carne. Provavelmente é derivada de cabras indígenas africanas com possível contribuição de raças indianas e europeias, no século passado. Quanto ao peso, os machos pesam de 80 a 90 kg e as fêmeas entre 50 e 70 kg
Anglo Nubiano
Originária do cruzamento de raças Africanas com cabras comuns da Inglaterra (principalmente a Zaraibi e a Chitral). Após intenso processo de seleção obter-se um animal com dupla aptidão, ou seja, pode ser direcionado tanto para a produção de corte, como para produção leiteira. As fêmeas pesam de 55 a 65kg enquanto os machos de 70 a 95 kg.

Produção de leite
Saanen
Originária da Suíça, onde é criada principalmente na região do Rio Saanen, Cantões de Berna e Appenzell. Nesses locais a temperatura média anual é de 9,5°C. Sendo assim, a raça apresenta ajuste fisiológico para regiões de clima frio.
     Apresenta alta produção leiteira e persistência da lactação. A fêmea é fértil, e geralmente apresenta dois cabritinhos por gestação. A pelagem é uniformemente branca, mas podem ocorrer pelagem de coloração creme. A produção média de leite varia de 2,5 a 4,9 kg
Parda alpina 
É originária dos Alpes europeus. A raça é de porte médio e bastante rústica. Apresenta como características principais cabeça triangular, orelhas eretas e curtas e porte médio. A fêmea pesa de 50 a 60 kg e o macho 70 a 90kg. A pelagem é parda, variando de claro acinzentado ao vermelho escuro. A produção média de leite varia de 2,0 a 4,0 kg e a lactação têm duração de 240 a 280 dias


     

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